(Campo Grande-MS) – Servidores da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul concluíram com êxito o curso de facilitadores em Justiça Restaurativa e Círculos de Construção de Paz Não Conflitivos. A formação foi oferecida pelo Tribunal de Justiça de MS, por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Soluções de Conflitos (Nupemec) e da Justiça Restaurativa, em Campo Grande.
A capacitação teve início no formato online em 19 de julho, possibilitando aos servidores a participação presencial no Nupemec a partir do dia 25, com encerramento na sexta-feira (28). A solenidade de conclusão contou com a presença do Desembargador Vilson Bertelli, Coordenador-Geral do Nupemec e da Justiça Restaurativa, além do Perito Criminal, Dr. José de Anchieta Souza e Silva, Coordenador-Geral de Perícias da Polícia Científica, acompanhado dos Peritos Criminais Assessores Especializados, Dr. Saule Viganó Neto e Dr. Marcos Antônio Leite das Virgens.
O curso, que foi realizado em atendimento à solicitação da Polícia Científica da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), adotou uma metodologia autocompositiva, focando na aplicação da Justiça Restaurativa em Círculos de Construção de Paz Não Conflitivos, conforme disposto na Resolução nº 225/2016 do CNJ. Além disso, as atividades promoveram o exercício da comunicação não violenta, proporcionando a oportunidade para que todos os participantes compartilhassem suas experiências e esclarecessem dúvidas sobre a aplicação dos métodos.
Segundo o Dr. José de Anchieta Souza e Silva, Coordenador-Geral de Perícias da Polícia Científica: “A Justiça Restaurativa atua como uma importante ferramenta para fortalecer os laços entre os servidores e aprimorar as relações de trabalho. Ao fomentarmos as relações pessoais e de gestão com base nas futuras ações dos facilitadores agora formados, estaremos investindo não apenas em um ambiente mais saudável para nossa equipe, mas também em um atendimento à população com excelência”.
A Dra. Nadma Arantes Melgarejo, Perita Criminal e Diretora Adjunta do Departamento de Apoio Operacional (DAO) da Polícia Científica, durante a conclusão do curso, ponderou: “Em nossa instituição, os policiais enfrentam diariamente momentos desafiadores ao se depararem com cenas chocantes, exigindo habilidades técnicas para realizar suas atividades. Contudo, não podemos ignorar nossa humanidade e a importância de nos preocuparmos com diversos fatores, incluindo uma abordagem preventiva e o cultivo de boas relações”.
Além da diretora adjunta do DAO, pela Polícia Científica, estão habilitadas como facilitadoras da Justiça Restaurativa e Círculos de Construção de Paz Não Conflitivos , as Peritas Criminais – Dra. Juliana Aigner e Dra. Adriana Gazzoli e a Agente de Polícia Científica – Assessora Especializada, Maria Ester Jardim Rossoni.
O curso também formou representantes da OAB-MS, da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).
Formação e parceria faz parte de uma das ações do PROVE
A busca da parceria com o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul para formação dos servidores da instituição como facilitadores em Justiça Restaurativa e Círculos de Construção de Paz Não Conflitivos faz parte de uma das ações do programa PROVE- Promovendo, Respeitando, Ouvindo, Valorizando e Estimulando, da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul. O objetivo do PROVE é valorizar os servidores, promovendo ações que envolvam saúde, conhecimento e relacionamentos. Busca-se desenvolver o potencial humano, resultando em mais qualidade de vida, valorização pessoal e comprometimento, o que reflete em ganhos de produtividade e eficácia no trabalho.
Por meio das ações do PROVE, a Polícia Científica procura não apenas aprimorar suas práticas internas, mas também tornar-se referência em gestão de pessoas no âmbito da segurança pública, construindo uma instituição cada vez mais comprometida com o bem-estar de seus colaboradores.