Em uma ação determinante, o Instituto de Análises Forenses da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul assumiu um papel crucial na resolução de um caso impactante em Coxim (MS). A equipe do Núcleo Regional de Criminalística, em conjunto com Policiais da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) e da Unidade Regional de Perícia e Identificação (URPI), desvendou um mistério que envolvia uma mulher que permaneceu em coma por 18 dias após ingerir comida fornecida pelo marido.
Atendendo à solicitação da DAM, amostras do alimento e líquido suspeitos foram submetidas a análises no Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF). A perícia minuciosa dos peritos criminais revelou a presença de carbofurano, um inseticida na comida. O carbofurano é frequentemente contrabandeado do Paraguai e tem o uso proibido no Brasil a partir da Resolução da Diretoria Colegiada da ANVISA/ RDC 185, de 18 de outubro de 2017.
O trabalho exemplar da Polícia Científica foi decisivo para identificação da substância tóxica e lançar luz sobre o crime, permitindo que as devidas medidas legais sejam tomadas contra o agressor. A tentativa de feminicídio está sendo investigada e será tratada com rigor pela justiça.
O IALF, especializado em exames periciais laboratoriais nas áreas de biologia, química, bioquímica, física, genética e toxicologia, conta com uma equipe altamente qualificada, composta por doutores, mestres, especialistas e bacharéis. Sua excelência foi reconhecida recentemente quando a Divisão de Química e Toxicologia alcançou 100% de aprovação no Ensaio de Proficiência de Drogas organizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), demonstrando a qualidade e a importância do trabalho realizado.
Em meio às discussões promovidas pelo #AgostoLilás, mês de conscientização sobre a violência contra a mulher, esse caso traz à tona a necessidade contínua de combater todas as formas de violência de gênero e a importância da contribuição da Polícia Científica na busca de Justiça por meio da Ciência.