Com base na Lei N.º 12.654, de maio de 2012, que prevê a coleta de perfil genético como forma de identificação criminal,a Coordenadoria Geral de Perícias (CGP) por meio do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF) de Mato Grosso do Sul realizou na quinta-feira (16) aproximadamente 250 coletas de DNA de presos condenados por crimes sexuais, homicídios, feminicídios e roubos.
As coletas foram feitas na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira I e II, em Campo Grande por uma equipe dez Peritos Criminais com apoio de um Agente de Polícia Científica.
De acordo com números do IALF, foram computadas mais de 850 coletas de DNA em Penitenciárias Estaduais entre setembro e a presente data.
Conforme a diretora do IALF, Josemirtes Fonseca Prado da Silva: “Esse material será incluído nos Bancos Estadual e Nacional de Perfis Genéticos e onde serão confrontados com os vestígios que colhemos em locais de crimes, com o objetivo de identificar os autores”, esclarece.
Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos são de caráter sigiloso. Com essas informações cadastradas no banco, é possível apontar a autoria de crimes sem solução, além de comprovar a inocência de suspeitos e interligar um caso com outras investigações das demais esferas policiais, funcionando assim como uma ferramenta eficiente para resolver crimes.
Banco Nacional de Perfis Genéticos
Mato Grosso do Sul integra a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), que é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A RIBPG é formada, atualmente, por 22 laboratórios de genética forense vinculados a unidades de perícia estaduais, distrital e federal.
Ferramenta importante para auxiliar em investigações criminais, o Banco Nacional de Perfis Genéticos ultrapassou a marca de 100 mil perfis cadastrados. A maior parte é ligada a pessoas envolvidas em casos violentos e de abuso sexual. O banco foi criado em 2013 e é coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O Banco Nacional de Perfis Genéticos é usado em investigações criminais de todo o Brasil por meio da prova pericial do DNA. O material genético é coletado pela perícia no local do crime ou no corpo da vítima. São, por exemplo, vestígios como fios de cabelo, sangue e outros materiais biológicos. Além de exames feitos pelas vítimas de violência no Instituto Médico Legal (IML).