A imagem capturada durante um exame pericial de incêndio no Pantanal garantiu ao perito criminal Wesley Feitosa Gonçalves, da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul, o segundo lugar no voto popular do IV Concurso FotoForense. Wesley, que atua na Urpi-CB (Unidade Regional de Perícia e Identificação de Corumbá), fez o registro enquanto atendia, juntamente com sua equipe, uma ocorrência de incêndio próximo ao rio Paraguai. Durante o sobrevoo da área com um drone, ele capturou a imagem de um casal de tuiuiús pousados em uma árvore.
Sobre o momento, Wesley pontuou: “Estavam bem próximos e não se incomodaram com a nossa presença, foi então que começamos a comentar sobre o quanto o homem estava alterando o habitat desses animais e, ainda assim, eles estavam ali, resilientes. Daí surgiu o vídeo e a fotografia, para tentar passar todo esse contexto por meio das lentes da câmera.”
Sobre o concurso
O IV Concurso FotoForense é promovido pelo SINPOEAM ( Sindicato dos Peritos Oficiais do Amazonas) em parceria com a ABC (Associação Brasileira de Criminalística) e o XXVII Congresso Nacional de Criminalística (CNC). O concurso tem como objetivo incentivar a criatividade e promover o trabalho fotográfico realizado por peritos oficiais forenses em todo o Brasil.
Os vencedores foram anunciados na cerimônia de encerramento do XXVII CNC, realizada em São Luís, Maranhão. Ao todo, cinco fotos foram premiadas, com as imagens sendo julgadas por voto popular no Instagram, pelos congressistas do CNC, e por um júri técnico, que avaliou critérios de qualidade técnica.
Papel da Polícia Científica nos casos de incêndio no Pantanal
A Polícia Científica tem um papel essencial na investigação dos incêndios no Pantanal, produzindo laudos periciais que identificam as causas e impactos do fogo. Usando tecnologias como drones e análises de campo, os peritos criminais examinam as áreas afetadas para entender se o incêndio foi acidental ou criminoso. Esses laudos ajudam a responsabilizar os culpados e orientar ações de prevenção e recuperação ambiental, sendo fundamentais para proteger o Pantanal e sua biodiversidade.
Maria Ester Jardim Rossoni – Comunicação Polícia Científica