Entenda o Caso:
Após denúncias nas redes sociais, a Polícia Militar Ambiental (PMA) se diligenciou até a cidade de Bonito, Mato Grosso do Sul, onde foi constatada a morte da Sucuri Ana Júlia, que era tratada como símbolo da região. Durante os levantamentos iniciais, os agentes não encontraram perfurações ou indícios de que a cobra tenha sido morta a tiros.
Diante desse cenário, uma equipe da Polícia Científica, lotada no Núcleo de Engenharia Legal e Perícias Ambientais (Nelpa) do Instituto de Criminalística (IC), se deslocou nesta terça-feira (26) para Bonito. O objetivo dos peritos criminais, que são médicos veterinários, é determinar a real causa da morte do animal.
Para o coordenador-Geral de Perícias, José de Anchieta Souza Silva, “o trabalho da Polícia Científica num caso como este é muito relevante. Somente com o exame necroscópico e o laudo feito por nossos peritos criminais, atestaremos o que de fato ocorreu com o animal, para assim subsidiar a decisão da justiça e contribuir com a busca da autoria, se assim houver.”
Além de esclarecer a causa da morte da Sucuri Ana Júlia, o exame pericial é essencial para possíveis desdobramentos legais. Caso seja identificado um responsável pela morte do animal, ele poderá responder por crime ambiental, sujeito a pena de detenção que varia de 6 meses a um ano, além de multa que pode chegar a R$ 500 mil.
Após o exame pericial realizado pela Polícia Científica, o corpo da cobra será levado para Campo Grande, onde passará por um processo de embalsamamento. Esta técnica preserva a aparência e as características do animal. De acordo com o comandante da PMA, coronel José Carlos Rodrigues, após embalsamada, a cobra integrará o acervo de animais taxidermizados da Polícia Militar Ambiental e fará parte das exposições realizadas pela corporação.
A população de Bonito e amantes da natureza aguardam ansiosamente por respostas conclusivas sobre a morte da Sucuri Ana Júlia, que terá o apoio da expertise da Polícia Científica para esclarecer esse caso tão emblemático para a região e para o Estado.
Maria Ester Jardim Rossoni – Assessoria Polícia Científica
Foto: Cristian Dimitrius/Reprodução