Com mais de 5 mil perfis genéticos cadastrados e uma integração crescente à rede nacional, Mato Grosso do Sul celebra neste 25 de abril o Dia do DNA, destacando-se como referência na ciência forense brasileira.
O Dia Internacional do DNA é celebrado em 25 de abril, uma data que remete à descoberta histórica da estrutura da dupla hélice em 1953. Desde então, o DNA deixou de ser apenas um marco na biologia molecular para se tornar uma ferramenta essencial na investigação criminal. Em Mato Grosso do Sul, essa transformação é visível no trabalho diário da Polícia Científica, que tem solucionado crimes, identificado desaparecidos e reconstruído histórias antes inacessíveis.
Atualmente, o BNPG (Banco Nacional de Perfis Genéticos) conta com 239.412 perfis cadastrados em suas diversas categorias. Mato Grosso do Sul, com 5.236 perfis, destaca-se, registrando 965 vestígios, 3.836 perfis de condenados e 182 restos mortais não identificados. Além disso, o banco estadual inclui 207 familiares de desaparecidos e 7 pessoas vivas de identidade desconhecida. Essas informações, integradas ao sistema nacional, possibilitaram 47 coincidências entre vestígios e 17 identificações de autoria, demonstrando a eficiência do trabalho realizado no estado.
“Cada perfil genético inserido representa um avanço na elucidação de casos e no atendimento às famílias que buscam por respostas”, destaca Josemirtes Prado da Silva, diretora do IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses). “Nosso trabalho vai muito além da técnica: é um compromisso com a verdade e a justiça. ”
Inovação com impacto direto
O uso do DNA em Mato Grosso do Sul não é apenas técnico. Trata-se de uma ferramenta que transforma vidas. Casos de crimes violentos e violência sexual passaram a ser resolvidos com maior eficiência, enquanto restos mortais não identificados finalmente puderam ser vinculados a famílias que, por anos, aguardavam respostas. Para as equipes que atuam nesse cenário, cada perfil registrado é uma chance de reescrever o passado e oferecer um futuro mais justo.
A importância de uma ciência em constante evolução
Os protocolos adotados pela Polícia Científica são reconhecidos internacionalmente. Esses padrões garantem precisão, mas também acompanham as mais recentes inovações tecnológicas. Nos últimos anos, a adoção de novas técnicas e ferramentas elevou o nível de qualidade das análises realizadas no estado, colocando Mato Grosso do Sul como um modelo de agilidade e eficiência no cenário nacional.
O fator humano por trás da ciência
Além de ferramentas modernas, o trabalho depende do empenho diário de peritos criminais, que se dedicam não apenas a coletar e examinar amostras, mas a garantir que cada resultado seja confiável e tenha impacto real. “Ccada análise de DNA carrega uma responsabilidade enorme. Estamos lidando com vidas, histórias e a necessidade de oferecer respostas claras e rápidas”, reforça a diretora do IALF.
Compromisso com a sociedade
Neste Dia do DNA, Mato Grosso do Sul não celebra apenas números ou avanços tecnológicos. A data simboliza o impacto concreto da ciência forense na vida das pessoas. A genética forense, ao conectar evidências, trazer respostas e oferecer alívio às famílias, reafirma o papel da ciência como uma aliada indispensável na construção de um futuro mais justo e seguro para todos.