Na última sexta-feira (8), a Polícia Científica de Mato Grosso do Sul, por meio do IC (Instituto de Criminalística) em Campo Grande foi palco de um curso que reuniu 23 servidores, entre peritos criminais e agentes da Polícia Científica. A atividade, idealizada pelo NPE (Núcleo de Perícias Externas), teve como objetivo alinhar práticas e aprimorar procedimentos, abordando duas frentes importantes: vestígios balísticos e análises laboratoriais coletados em locais de crime.
O curso foi estruturado em dois módulos. No primeiro, voltado à balística, os participantes aprofundaram-se em técnicas de reconhecimento e tratamento de vestígios, como armas, cápsulas e projéteis, analisando suas marcas individualizadoras e a melhor forma de acondicioná-los de maneira segura para transporte. A atividade incluiu uma demonstração prática do Sinab (Sistema Nacional de Análise Balística), onde os participantes visualizaram a inserção de peças no BNPB (Banco Nacional de Perfis Balísticos) , otimizando a identificação de armas em investigações. Para o diretor do IC, perito criminal Emerson Lopes dos Reis, “capacitar nossos profissionais é investir diretamente na justiça. O conhecimento que compartilhamos aqui faz toda a diferença no sucesso das investigações.”
Já o segundo módulo focou em vestígios coletados em campo, especialmente amostras biológicas como sangue e saliva, além de vestígios químicos encontrados em incêndios ou laboratórios clandestinos. Peritos criminais do IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses) reforçaram a importância de uma coleta cuidadosa para que os exames laboratoriais sejam precisos. “Quando a coleta é bem feita, aumentamos significativamente as chances de chegar a resultados que realmente ajudam a esclarecer um crime”, explicou Evandro Rodrigo Pedão, chefe da DQT (Divisão de Química e Toxicologia) e um dos instrutores.
Para a perita criminal Thayla Venâncio, chefe do NPE, o curso mostrou o poder da colaboração: “Quando as equipes de campo e dos laboratórios trabalham juntas, o impacto nas investigações é direto. É essa sinergia que permite resultados mais ágeis e assertivos, especialmente em casos complexos.”