No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quarta-feira (5), a Polícia Científica de Mato Grosso do Sul chama a atenção para um tema tão silencioso quanto essencial: o papel da ciência forense na preservação dos recursos naturais. Enquanto olhos se voltam para rios, florestas e animais, há equipes que vasculham vestígios, analisam solo, vegetação e água — tudo em nome da verdade e da responsabilidade ambiental.
Mais do que investigar crimes, a perícia ambiental revela histórias: o caminho do incêndio que avançou sobre a mata nativa, o rastro do poluente despejado em um córrego, o impacto invisível do desmatamento ilegal. Cada laudo técnico é uma peça-chave no quebra-cabeça da justiça ambiental, que só se completa com ciência, precisão e compromisso institucional.
No Mato Grosso do Sul, nossas equipes atuam com rigor técnico em uma ampla gama de ocorrências, seguindo protocolos nacionais definidos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os tipos de exames realizados refletem a diversidade dos nossos biomas:
• Desmatamento ilegal: análise da supressão de vegetação, medição de áreas degradadas e georreferenciamento dos danos.
• Poluição: rastreamento de fontes poluidoras de corpos hídricos e avaliação de processos erosivos e de assoreamento.
• Incêndios florestais: identificação do ponto de origem, mapeamento do trajeto das chamas e quantificação da área atingida.
• Maus-tratos a animais: perícias que envolvem análise de ferimentos, condições de cativeiro e necropsias para comprovação de abusos ou negligência.
Para cumprir sua missão, a Polícia Científica utiliza tecnologias como drones, imagens de satélite e softwares de análise geoespacial. Mas a essência do trabalho está nas mãos e nos olhos dos profissionais que entram no Pantanal, atravessam alagados, enfrentam fumaça, chuva, calor — e saem de lá com evidências que podem mudar o rumo de uma investigação.
Neste 5 de junho, mais do que reafirmar um compromisso, a Polícia Científica de Mato Grosso do Sul convida a sociedade a conhecer a força da ciência na defesa do meio ambiente. Porque proteger a natureza também é tarefa da justiça — e a verdade é sempre o primeiro passo.
- Peritos criminais e agentes de polícia científica em local
- Equipe da Polícia Científica e CGPA durante realização de exames periciais.
- Peritos criminais analisando vestígios.
- Perita Criminal do interior operando drone em local de incêndio.
Maria Ester Jardim Rossoni – Comunicação da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul